A incrível saga até Machu Picchu, a famosa cidade perdida dos Incas

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Machu Picchu

O nosso caminho para Machu Picchu foi uma verdadeira saga.

Infelizmente, por contas das fortes chuvas que caíam na região, tivemos que abrir mão da lendária Trilha Inca, um dos nossos objetivos no Peru.

Um dos trechos dos caminhos Incas. Algum dia, ainda voltaremos para fazer a Trilha Inca.

Contudo, há males que vem para o bem. Deixamos de seguir pela trilha Inca e tivemos a oportunidade de cruzar estradas magníficas e seguir o surpreendente caminho a pé de Hidroelétrica até Aguas Calientes.

Uma das lindas pontes pela trilha de Hidroelétrica até Aguas Calientes

Nosso ponto de partida para Machu Picchu foi a cidade de Urubamba, no Vale Sagrado dos Incas. Passamos dois dias na região explorando um pouco das ruínas Incas e a incrível Salinas de Maras, um dos lugares mais surreais do Peru.

As incríveis Salinas de Maras.

De Urubamba, seguimos para a cidade de Santa Teresa, nossa próxima parada. O caminho, de pouco mais de 150 quilômetros é indescritível.

Cruzamos altitudes acima dos 4.500 metros e passamos ao lado de precipícios gigantescos, em estradas que mal cabem dois carros.

Os gigantes penhascos pelo caminho. Reparem que, no canto esquerdo da imagem, o Mochileiro praticamente some na imensidão da paisagem.

Uma recomendação importante nestas estradas é sempre buzinar nas curvas, pois, os motoristas peruanos são verdadeiros Kamikazes.

Umas quatro horas depois, bem cansados do sobe e desce e da infinidade de curvas, chegamos em Santa Teresa. A pequenina cidade, nas proximidades de Machu Picchu, vive exclusivamente do turismo de passagem. Como ainda restava um longo caminho pela frente, paramos o Mochileiro em um camping e combinamos com a proprietária um valor bem justo para estacionarmos o carro.

Organizamos a nossa mochila, pegamos tudo que precisávamos para os próximos três dias e seguimos rumo à Hidroelétrica, em um táxi que passou em frente ao camping.

O trajeto de Santa Teresa até Hidroelétrica é alucinante, principalmente se você está à bordo de um carro pilotado por autêntico motorista peruano. As curvas fechadas, a estrada bem estreita e os imensos penhascos parecem flertar a todo momento com os carros que passam por lá. Não víamos a hora de sair do táxi e iniciar logo a trilha.

Felizmente, no final, chegamos sãos e salvos na Hidroelétrica, o ponto de partida da trilha que segue até Aguas Calientes, ou Machu Picchu Pueblo.

Esta trilha é um caso à parte. O caminho, que acompanha o trilho do trem por cerca de 14 quilômetros, é um verdadeiros espetáculo da natureza. Muito verde e rios caudalosos nos acompanhavam durante todo o trajeto. O maior perigo nestas bandas é escorregar em alguma ponte ou se descuidar com o trem, que volta e meia passa a toda velocidade ao nosso lado.

Caminhamos por três horas até chegarmos em Aguas Calientes. A cidadezinha, aos pés das famosas ruínas Incas, é encantadora e muito charmosa. Muitos restaurantes, lojas de artesanatos e feiras movimentam a cidade dia e noite.

Chegamos, organizamos nossas coisas, comemos um lanche e logo fomos descansar, pois o dia seguinte prometia ser agitado.

Os galos mal começaram a cantar e nós já estávamos fora da cama. Era 4 horas da manhã e o silêncio reinava na cidade. Tomamos um bom banho, um café reforçado e logo seguimos para a fila do ônibus. Chegamos por volta das 5 horas na fila e umas 30 a 40 pessoas já estavam em vigília, esperando pelas primeiras partidas, que ocorrem às 5h30 da manhã.

Não conseguimos pegar o primeiro ônibus, mas entramos no segundo. Uns 30 minutos depois, um pouco depois das 6 horas da manhã, chegamos à entrada da cidade perdida.

Poucos minutos depois já estávamos no alto do mirante clássico, aquele mesmo que proporciona a famosa vista de Machu Picchu. Ficamos por quase duas horas bem ali, contemplando e fotografando os primeiros raios de sol que invadiam as antigas construções Incas.

A vista que encontramos logo que chegamos à cidade perdida dos Incas.

Não havia como não se encantar pela grandiosidade da cidade Sagrada dos Incas. Não conseguíamos imaginar como eles conseguiram construir tamanha cidade, com pedras tão pesadas, em uma região tão remota e inóspita. Perguntas que rondaram as nossas mentes e que remanescem, até hoje, sem uma explicação concreta e definitiva.

Era quase 11 horas da manhã, quando decidimos retornar para Aguas Calientes e aproveitar o restante da tarde para descansar. Afinal, no outro dia, teríamos que refazer todo o caminho, a segunda etapa desta incrível saga, chamada Machu Picchu!

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  1. “Não conseguíamos imaginar como eles conseguiram construir tamanha cidade, com pedras tão pesadas, em uma região tão remota e inóspita. Perguntas que rondaram as nossas mentes e que remanescem, até hoje, sem uma explicação concreta e definitiva.”

    Quando estivemos lá, nosso guia nos explicou que as pedras não foram deslocadas até lá, as pedras já estavam lá e os Incas as esculpiram. Ele explicou que são pedras intrusivas, um tipo de granito (daí a energia que emana quando bate sol), que vieram a tona pela movimentação de placas tectônicas.

    Mais uma curiosidade: as pedras tem essa cor escura devido a um incêndio, já que granito é mais claro.

    Tenho um vídeo sobre a explicação, posso disponibilizar para vocês 😉

    • Olá, querida amiga, Lisane Monteiro, tudo bem?
      Nossa, ficamos muito felizes em receber a sua mensagem e pelas informações tão elucidativas para os amantes de Machu Picchu e da cultura Inca! 🙂
      Será incrível se conseguir disponibilizar o vídeo para todos os futuros viajantes deste fascinante patrimônio mundial!
      Muito obrigado pela mensagem, Lisane!
      Grande abraço dos amigos,
      Henrique e Sabrina.

  2. Olá! Lembram a localização deste camping em Santa Tereza? E como fizeram na volta, da hidrelétrica até o camping? Tinha taxi na hidrelétrica? O taxista sabia a localização do camping?
    Estou saindo de carro para o Peru dia 03 ou dia 04 de Julho agora e ainda não decidi de qual forma ir até Machu Picchu! haha

    • Olá Marlus Brigola, tudo bem?
      Então, não me recordo perfeitamente a localização do camping, porém encontramos ele por meio do aplicativo Ioverlander, que é muito útil para quem está na estrada.
      Não existem muitos campings em Santa Teresa e optamos por um que era bem recomendado, já na saída para a Hidroelétrica!
      Na volta, pegamos um táxi que estava na hidroelétrica. Pode ficar tranquilo, pois lá sempre ficam muitos táxis e coletivos à espera dos turistas!
      Ótima viagem, amigo, e qualquer dúvida que surgir, pode contar sempre com nosso apoio! 🙂
      Abraços dos amigos,
      Henrique e Sabrina.

      • Opa, muito obrigado pelo retorno! Conheço o iOverlander sim, inclusive estou utilizando ele na viagem já! haha. Estamos em San Pedro do Atacama, amanha saímos para Antofagasta e depois rumo ao Peru! Vou dar uma procurada nos campings de Santa Teresa no aplicativo.
        Bons ventos a vocês! Abraços!
        Marlus Brigola

    • Fala Fred, tudo bem?
      Então, nós achamos melhor deixar o carro em Santa Teresa e pegar um táxi até a Hidroelétrica, porque não existe estacionamento por lá.
      Até poderíamos estacionar perto da estação do trem, mas o carro ficaria completamente desprotegido. Optamos por pagar uma pequena diária de estacionamento para um camping, que fica bem na saída para a Hidroelétrica! =)
      Grande abraço dos amigos,
      Henrique e Sabrina.

    • Olá Jones, tudo bem?
      Nossa, amigo, este caminho é realmente uma grande aventura, principalmente se o carro for conduzido por um motorista peruano! Ai é emoção na certa! =)
      Abraços dos amigos,
      Henrique e Sabrina.

      • Nós pegamos um taxista doido atrás buzinando e querendo nos ultrapassar de qualquer maneira, sem ter espaço claro, tivemos que parar, encostar o maximo na encosta para o doente mental nos ultrapassar.

        • É cada história que estes motoristas peruanos nos proporcionam, Fred!! =) rsrs.
          Na hora, é um verdadeiro stress, mas agora vira uma boa e engraçada história!
          Abraços dos amigos,
          Henrique e Sabrina.

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